quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Os fuzis em serviço no Brasil – Parte 3 – Força Aérea Brasileira

A Força Aérea Brasileira foi formada pelo junção da Aviação Militar (Exército) e da Aviação Naval (Marinha), durante a Segunda Guerra Mundial. Tendo recebido forte influência americana naquele período, era de esperar que a FAB se equipasse principalmente com equipamentos de origem americana, que foram praticamente doados aos países aliados como “sobras de guerra” após 1945. Isso também afetou as decisões desta Força quanto ao fuzil a ser adotado pela Infantaria da Aeronáutica, responsável pela segurança das bases aéreas.


Ocorre que na verdade, os Batalhões de Infantaria da Aeronáutica não foram inicialmente equipados com um fuzil, mas sim com uma carabina, a muito comum .30 M1 Carbine. Por ser mais leve, foi considerada ideal para a função (guarda).

Depois de muitos anos, quando o EB negociou a fabricação local do FAL, a FAB o considerou um substituto inadequado para a M1, pequena, leve e adorável, e acreditou ser melhor mantê-la em serviço. Somente na década de 1970 foi que a FAB tomou a decisão de que era chegado o momento de substituir a clássica M1.

O escolhido foi o Heckler&Koch  HK-33, uma versão em 5,56mm do HK G-3 (este em 7,62mm) que era um produto de exportação do grande fabricante alemão. O HK 33  foi a primeira arma em calibre 5,56mm adotada por uma Força Armada brasileira, e representou um rompimento com a padronização relativa que existia até então, pelo menos em termos de calibres.


Mais recentemente a FAB decidou equipar as tropas de infantaria lotadas nos esquadrões de C-SAR (Combat Search and Rescue) com uma arma mais precisa que pudesse ser utilizada pelos atiradores do Esquadrão Para-SAR. A opção recaiu sobre o SiG 551, também em 5,56mm e este então entrou em serviço em paralelo ao HK-33.


Versões airsoft dessas armas podem ser encontradas por diversos fabricantes, entre eles a Classic Army, que possue um HK33 muito bonito. O SiG550 pode ser encontrado em várias versões, mas a da Força Aérea é o SiG551, mais curto e com coronha dobrável.

Quem realmente faz falta no mercado de Airsoft é a .30 M1 Carbine. Versões feitas por atiradores particulares, usando as “ações” de fuzis M-14 às vezes são vistas em vídeos no You Tube, mas não tenho conhecimento de nenhuma versão “oficial” da adorável arma americana. Se você souber de algum fabricante, por favor ajude-nos informando nos comentários deste post.

4 comentários:

  1. oi Samanta,
    na verdade existe uma versão da M1 para airsoft,é da japonesa Marushin,modelo a gás blowback.É produzida em calibre 6mm e 8mm.Excelente blog!!

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  2. Mosqueteiro,

    Se aparecer alguma M1 no mercado brasileiro, eu compro na hora!!! Ainda mais se for blowback!

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  3. embora o HK e o SSG sejam boas opções de fuzis,a FAB deveria pensar seriamente em adotar um fuzil mais potênte com os novos môdelos de AK,nossa infantaria tambem precisaria de metralhadoras e submetralhadoras mais modernas,em substituição as atuais MT-12,quem sabe se houvesse despojos de antigos arsenais que ainda empregam os HK-G3 e outras versões do sistema a qual estamos acostumados,particularmente todo o antigo sistema HK é muito bom,mas as versões AK que são fabricadas cobinam poder de fogo,durabilidade e confiabilidade testadas e aprovadas em combate.

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  4. Anônimo,

    De fato, a FAB, assim como a Marinha, deverá adotar o novo fuzil IMBEL MD1, que está sendo testado nesse momento pelo Exército.
    Além disso, o EB recentemente lançou um ROC (Requisitos Operacionais Conjuntos) para uma Pistola Calibre 9mm, e uma Submetralhadora nesse mesmo calibre.
    As MT-12 que você citou eram utilizadas por Sargentos e pelas tripulações de blindados (CC e VBTP), mas foram todas substituídas pelo próprio FAL e deverão ser igualmente substituídas pelo MD1.

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